terça-feira, 20 de abril de 2021

Novo recurso do Google Earth permite que usuários “voltem no tempo”

As imagens mostram as mudanças que ocorreram ao redor do globo nos últimos 37 anos – uma tentativa de conscientizar o público sobre problemas ambientais.

O Google Earth – programa que dá acesso a imagens de satélite da Terra – passou por uma nova atualização nesta quinta-feira (15). Agora, usuários que acessarem a plataforma poderão ter uma visão do passado, além de uma linha do tempo de como as regiões do planeta mudaram ao longo dos últimos 37 anos.

A ferramenta utiliza o recurso de time lapse, percorrendo imagens de satélite obtidas entre 1984 e 2020. Foram mais de 24 milhões de fotos para criar a nova atualização, que pode ser acessada clicando aqui.


Quem se interessar em navegar pela plataforma terá acesso a alguns pacotes prontos de exploração, que passam por diversos locais ao redor do mundo e explicam a história das alterações paisagísticas. Um desses passeios, por exemplo, aborda as mudanças nas florestas, como o desmatamento da floresta Amazônica para dar espaço às plantações de soja. São feitas ainda comparações visuais entre áreas protegidas por reservas indígenas e espaços abertos que acabam sendo degradados pela ação humana.

Além dos passeios pré-estabelecidos, é possível também observar as mudanças em qualquer lugar do mundo: basta digitar o destino desejado na barra de pesquisa. Dessa forma, você pode acompanhar desde o derretimento de geleiras na Antártida até a expansão de aeroportos no Japão, por exemplo.



                       Derretimento de geleiras na Terra de Mylius-Erichsen, localizada ao nordeste da Groenlândia. Google Earth/Reprodução

O trabalho de captação das imagens não foi feito apenas pelo Google. As fotos foram cedidas pelo Landsat, projeto conjunto entre a Nasa e o Serviço Geológico dos Estados Unidos e também pelo programa Terra Copernicus, coordenado pela União Europeia e pela Agência Espacial Europeia. As equipes juntaram uma série de vídeos individuais para, no final, construir um enorme vídeo com todas as mudanças enfrentadas pelo planeta Terra. O CREATE Lab, da Universidade Carnegie Mellon, na Pensilvânia, colaborou com o time contextualizando as mudanças globais.

O objetivo da nova atualização é claro: conscientizar o público sobre como as ações humanas estão contribuindo para as mudanças climáticas e outras questões ambientais. Análises indicam que a floresta Amazônica, por exemplo, está próxima de se tornar uma savana estéril, o que acontece quando cerca de 20% a 25% de uma área é desmatada – o valor atual da Amazônia está em 17%.


                   Crescimento do cultivo de soja nos arredores de San Julián, na Bolívia. Google Earth/Reprodução

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Fenômeno em foto do Hubble demonstra a Teoria da Relatividade Geral

 

Formas curvas em imagem de aglomerado de galáxias são exemplos das lentes gravitacionais, fenômeno que se relaciona com a teoria proposta pelo físico Albert Einstein


Imagem do aglomerado de galáxias Abell 2813 demonstra as lentes gravitacionais (Foto: ESA/Hubble & NASA, D. Coe)

 

Uma foto do aglomerado de galáxias Abell 2813 (também conhecido como ACO 2813) demonstra um fenômeno que comprova a Teoria da Relatividade Geral, que foi elaborada pelo físico Albert Einstein há mais de um século. A imagem foi capturada pelo telescópio espacial Hubble, que é operado pela Nasa e pela Agência Espacial Europeia.

No registro, é possível observar algumas formas crescentes entre os espirais, pontos e objetos ovais do Abell 2813. Esses arcos de luz curvados não são galáxias curvadas – na verdade, eles são exemplos das chamadas lentes gravitacionais, que ocorrem quando a massa de um corpo celeste faz com que a luz se curve.

Publicada por Einstein em 1915, a Teoria da Relatividade Geral observa que tanto a energia quanto a matéria fazem o “tecido” do espaço-tempo distorcer, e a curvatura gerada nessa interação física resulta na força da gravidade. Assim, de acordo com o cientista alemão, objetos com campos gravitacionais fortes são capazes de desviar a trajetória da luz.

É por isso que a foto do Hubble traz riscos em “S” e crescentes curvos: essas formas são luzes de galáxias ainda mais distantes do que o Abell 2813. Uma vez que essas luzes passam pelo aglomerado de galáxias, que concentra muita massa, elas são distorcidas e assumem diferentes formatos.

Essa não é a primeira vez que imagens do espaço comprovam a Teoria Geral da Relatividade a partir das lentes gravitacionais. Em 2020, por exemplo, cientistas de instituições de pesquisa na Alemanha e na Holanda observaram o fenômeno ao encontrarem uma galáxia parecida com a Via Láctea, a SPT0418-47.



Os cientistas utilizaram outra galáxia como lente para observarem a SPT0418-47 (Foto: ALMA (NRAO/ESO/NAOJ)/Luis Calçada (ESO))

 

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